quarta-feira, 28 de maio de 2025

O Perigo Invisível: Bactérias Resistentes Espreitas nas UTIs Pediátricas.

    Imagine um ambiente onde as crianças mais vulneráveis ​​recebam cuidados intensivos para salvar suas vidas. Agora imagine que, neste mesmo ambiente, superbactérias resistentes a antibióticos estão silenciosamente colonizando equipamentos e superfícies, criando uma ameaça invisível, mas muito real.

    Um estudo revolucionário iniciado em um hospital universitário no Sul do Brasil acaba de revelar dados alarmantes sobre a contaminação microbiológica em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica. Os resultados são mais preocupantes do que você imagina.

    Utilizando técnicas rigorosas de coleta microbiológica, os cientistas analisaram 28 superfícies diferentes dentro da UTI pediátrica - desde equipamentos próximos aos leitos até áreas de uso comum da equipe médica.

    O resultado chocante: mais de 60% das superfícies externas estavam contaminadas com microrganismos patogênicos, sendo que 100% delas eram resistentes a antimicrobianos .

    As crianças internadas em UTIs já enfrentam uma batalha dupla: além da gravidade de suas condições clínicas, elas possuem sistemas imunológicos ainda em desenvolvimento, tornando-as especialmente suscetíveis a infecções hospitalares.

    Os microrganismos identificados - principalmente Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativa - são conhecidos por sua capacidade de causar infecções graves e por sua resistência crescente aos tratamentos convencionais.

    O estudo revelou algo ainda mais perturbador: as superfícies mais próximas aos pacientes apresentaram maiores taxas de contaminação (66,67%) em comparação com áreas comuns (56,25%). Isso significa que justamente onde as crianças são mais vulneráveis, o risco de exposição a superbactérias é maior.

    Esta pesquisa não apenas expõe um problema crítico, mas também oferece dados científicos robustos que podem revolucionar os protocolos de limpeza e desinfecção em UTIs pediátricas. Os resultados destacam a necessidade urgente de estratégias mais eficazes de controle de infecção hospitalar.

    A ciência por trás desta descoberta pode ser a chave para proteger melhores nossas crianças mais vulneráveis. Não perca a oportunidade de conhecer uma pesquisa que pode estar moldando o futuro da segurança em UTIs pediátricas. Acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i4.18271




terça-feira, 27 de maio de 2025

HIV e Atividade Física: Por que 67% dos Pacientes estão Perdendo uma Oportunidade Crucial para Sua Saúde?

    Você sabia que apenas metade das pessoas que vivem com HIV seguem as recomendações de exercício físico, mesmo sabendo que essa prática pode ser transformadora para sua qualidade de vida? Um estudo brasileiro acaba de revelar dados que podem mudar completamente nossa abordagem ao cuidado dessas pessoas.

    Uma pesquisa realizada no Nordeste brasileiro com 276 pessoas que vivem com HIV em tratamento antirretroviral trouxe à tona uma realidade preocupante: 67% dos participantes não praticavam atividade física regularmente . Mais alarmante ainda é descobrir que, entre esses sedentários, 8,6% apresentam risco moderado a alto para eventos cardiovasculares.

    A literatura médica já comprovou que a atividade física é uma ferramenta poderosa no manejo de pessoas vivendo com HIV. No entanto, este estudo revela uma lacuna crítica: a falta de aderência à prática de exercícios está diretamente relacionada ao aumento do risco cardiovascular .

Considerando que pessoas com HIV já enfrentam desafios apenas relacionados aos efeitos colaterais da terapia antirretroviral e às alterações metabólicas da própria infecção, o sedentarismo se torna um fator de risco adicional que pode ser completamente modificável.

Com apenas 33% dos participantes praticando atividade física regularmente, estamos diante de uma oportunidade perdida de melhorar significativamente a qualidade de vida e reduzir complicações cardiovasculares em uma população que já enfrenta múltiplos desafios de saúde.

A atividade física pode ser a chave que faltava para um cuidado mais completo e eficaz. Não perca a chance de conhecer todos os dados e conclusões deste estudo revelado. acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i4.18251




segunda-feira, 26 de maio de 2025

COVID-19 e Infecções Fúngicas na UTI: Uma Combinação Perigosa que Você Precisa Conhecer.

    A pandemia de COVID-19 trouxe desafios inesperados para os cuidados intensivos, e um deles tem passado despercebido pelo público geral: as coinfecções fúngicas. Um estudo brasileiro revelou acaba de demonstrar como a presença de Candida spp. no trato respiratório pode ser um fator decisivo na evolução de pacientes graves com COVID-19.

    Pesquisadores de um hospital escola analisaram 816 pacientes internados em UTIs durante 2021 e descobriram algo que pode mudar nossa compreensão sobre as complicações da COVID-19. A incidência de Candida spp. no trato respiratório foi significativamente maior em pacientes COVID-19: 68,3 casos por 1000 internações , contra apenas 38,5 casos por 1000 na UTI geral.

    Mas o dado mais impactante? A taxa de mortalidade entre pacientes com Candida foi consideravelmente maior no grupo COVID-19, indicando que essa combinação pode ser mais letal do que imaginávamos.

    Pacientes com COVID-19 graves, frequentemente, vibrações de ventilação mecânica prolongada e cuidados intensivos que podem criar um ambiente propício para o crescimento de fungos oportunistas. O sistema imunológico comprometido pela infecção viral, somado a procedimentos invasivos, parece criar o cenário perfeito para essas coinfecções.

    Candida albicans foi uma espécie mais frequentemente isolada, confirmando seu papel como principal agente de infecções fúngicas oportunistas em ambiente hospitalar.

    Para profissionais de saúde, gestores hospitalares e pesquisadores interessados ​​em compreender melhor as complexidades das infecções relacionadas à COVID-19 em ambiente de terapia intensiva, este estudo oferece dados cruciais que podem interferir em protocolos e salvar vidas.

    Quer entender todos os detalhes desta pesquisa e suas implicações clínicas? 

Acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i4.18245




   

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Análise de teses e dissertações sobre higienização das mãos no Brasil: estudo bibliométrico.

    A higienização das mãos é considerada uma das medidas mais eficazes e simples para a prevenção de infecções, especialmente em ambientes de saúde. Mas você já se perguntou quanto se tem pesquisado sobre isso nos programas de pós-graduação no Brasil? A resposta pode te surpreender.

    Um estudo bibliométrico inédito mergulhou no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES entre 2013 e 2022 para descobrir o que vem sendo produzido sobre esse tema tão fundamental — e os achados revelam tanto avanços quanto lacunas importantes.

    Foram analisados 31 trabalhos acadêmicos, sendo a maioria dissertações de mestrado, com predominância da área de enfermagem. Os focos mais comuns incluíram adesão às práticas de higiene, educação em saúde e análise microbiológica das mãos.

    No entanto, um dado chama atenção: apenas três estudos utilizaram bases teóricas como alicerce central da pesquisa. Isso reforça uma necessidade crítica: produzir conhecimento mais sólido, com fundamentos conceituais robustos, especialmente em nível de doutorado.

    Este levantamento mostra que, mesmo em uma área essencial para a segurança do paciente, ainda há um vasto território a ser explorado — e pesquisado.

Acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18709



terça-feira, 20 de maio de 2025

Impacto da COVID-19 no registro de casos de leishmaniose tegumentar no Maranhão, Brasil.

    Em meio à pandemia de COVID-19, enquanto todos os olhares se voltavam para o coronavírus, outras doenças silenciosamente perderam espaço nos sistemas de vigilância — inclusive aquelas que nunca deixaram de afetar populações vulneráveis, como a leishmaniose tegumentar.

    Um estudo recente analisou os registros de casos dessa doença no Maranhão entre 2015 e 2020 e revelou um dado alarmante: em 2020, houve uma queda de quase 14% no número de casos notificados em relação ao esperado. Isso significa que centenas de pessoas podem ter adoecido sem diagnóstico ou tratamento adequado.

    As regionais de São Luís, São João dos Patos e Presidente Dutra lideraram essa redução, acendendo um alerta importante: estamos vendo um efeito colateral da pandemia que vai muito além da COVID-19.

    Como a COVID-19 impactou os serviços de vigilância epidemiológica?

    O que essa subnotificação revela sobre a capacidade de resposta do sistema de saúde?

    Quais estratégias precisam ser adotadas para que doenças negligenciadas não continuem à margem das políticas públicas?

    Essas e outras reflexões são discutidas neste estudo essencial para quem atua com saúde pública, gestão em saúde ou vigilância de doenças transmissíveis.

acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18352



segunda-feira, 19 de maio de 2025

Recomendações sobre precauções específicas para acompanhantes/visitantes de pacientes hospitalizados: características e barreiras para implementação

    Você já parou para pensar no papel silencioso — mas crucial — dos acompanhantes e visitantes dentro de hospitais, especialmente quando falamos de precauções específicas para controle de infecções?

    Apesar de serem uma presença importante para o bem-estar emocional dos pacientes, acompanhantes e visitantes também representam um risco potencial para a disseminação de microrganismos. No entanto, o que a literatura científica diz sobre as recomendações voltadas especificamente a esse público? E mais: quais são as barreiras enfrentadas na prática para implementar essas orientações?

Essas foram justamente as perguntas que nortearam um estudo descritivo-exploratório com 89 prevencionistas de infecção, realizado entre março e junho de 2020. Os resultados revelam uma realidade preocupante: embora a higienização das mãos seja amplamente recomendada (por mais de 95% dos participantes), comportamentos como circular por outros quartos, permanecer sem paramentação adequada e manter portas abertas em precauções para aerossóis ainda são comuns.

    Outro dado que chama atenção é a ausência de uma política institucional clara — apontada como a principal barreira para o cumprimento das orientações. Em sua maioria, as instruções aos acompanhantes e visitantes são feitas de forma verbal e individualizada, o que levanta dúvidas sobre a eficácia dessa estratégia.

    A falta de uniformidade nas recomendações e a fragilidade das medidas de orientação escancaram a necessidade urgente de diretrizes claras e de ações educativas mais robustas.

    Quer entender melhor o que está por trás desses dados e como eles impactam a segurança do paciente hospitalizado?

 Acesse: 

https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18348

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Acompanhantes e Visitantes em Ambientes Hospitalares: Uma Lacuna na Prevenção de Infecções?

    Quando pensamos em medidas de prevenção de infecções em hospitais, o foco recai quase sempre sobre os profissionais de saúde. Mas e os acompanhantes e visitantes será que sabemos realmente como orientá-los e protegê-los dentro desse ambiente de alto risco?

    Um estudo realizado com quase 90 prevencionistas de infecção expõe uma realidade preocupante: não há uniformidade nas recomendações para acompanhantes e visitantes de pacientes hospitalizados sob precauções específicas. As falhas mais comuns? Permanecer nos quartos sem a devida paramentação, circular por outros quartos e manter portas abertas mesmo em precauções por aerossóis.

    Embora a higienização das mãos seja amplamente recomendada, as ações educativas ainda são majoritariamente verbais e pontuais pouco eficazes diante de um público que muitas vezes desconhece os riscos envolvidos. Além disso, mais da metade dos especialistas entrevistados apontaram a ausência de políticas institucionais claras como a principal barreira para a adoção de práticas seguras.

    Este artigo revela uma importante lacuna nas estratégias de prevenção de infecções: a negligência em relação ao papel de acompanhantes e visitantes como possíveis vetores de transmissão. Para gestores e profissionais da área, os dados evidenciam a urgência de criar e implementar diretrizes específicas e efetivas voltadas a esse grupo.

    Quer entender como isso impacta a segurança do paciente e o controle de infecções hospitalares?
acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18348




terça-feira, 13 de maio de 2025

Clones de Alto Risco à Espreita na UTI: O Que Está Colonizando Nossos Pacientes?

    Você sabia que, mesmo sem causar infecção imediata, algumas bactérias podem colonizar silenciosamente pacientes internados em UTIs e se tornar uma bomba-relógio dentro dos hospitais?

    Um estudo realizado em Natal, no Nordeste do Brasil, lançou luz sobre um desses vilões: Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL (β-lactamase de espectro estendido). Os pesquisadores analisaram swabs de vigilância de 24 pacientes em uma UTI e descobriram algo alarmante — 75% estavam colonizados por essa bactéria resistente, com produção de ESBL detectada em 85% dos isolados.

    Além disso, foi constatada alta resistência a diversos antibióticos amplamente utilizados, como ciprofloxacina e sulfa-trimetoprima. O estudo identificou também genes de resistência amplamente distribuídos e, ainda mais preocupante, sete sequence types considerados de alto risco epidemiológico. Esses clones têm potencial para causar surtos hospitalares difíceis de conter.

    Mais do que um alerta, essa pesquisa reforça a necessidade urgente de vigilância genômica contínua nas UTIs brasileiras — antes que a colonização vire infecção, e a prevenção se torne contenção de danos.

    Descubra todos os detalhes dessa investigação e compreenda por que os hospitais precisam redobrar seus esforços no monitoramento microbiológico acessando: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18307




segunda-feira, 12 de maio de 2025

Quais ferramentas os profissionais usam para prevenir infecções nos hospitais?

    No estado do Rio de Janeiro, um estudo recente foi em busca dessa resposta e os resultados podem te surpreender. Controladores de infecção de diversas instituições relataram, por meio de uma pesquisa inédita, quais recursos e equipamentos realmente estão disponíveis no dia a dia hospitalar para prevenir as chamadas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).

    A pesquisa revela que, embora a tecnologia esteja cada vez mais presente na saúde, sua distribuição ainda é desigual. O recurso mais disponível? A biologia molecular, utilizada por cerca de 68% dos participantes. Mas menos de um terço relatou ter acesso a aplicativos voltados à prevenção e controle de infecções. E o dado mais preocupante: quase 18% dos profissionais disseram não contar com nenhum dos nove recursos avaliados.

    A análise ainda explorou as diferenças entre hospitais públicos e privados, e investigou se atividades de ensino dentro das instituições influenciam a disponibilidade desses recursos — com resultados que desafiam algumas expectativas.

    Este artigo é uma leitura essencial para quem atua na área da saúde, pesquisa hospitalar ou simplesmente se preocupa com a segurança nos serviços de saúde. Descubra mais sobre o cenário atual da prevenção de infecções nos hospitais e o que ainda precisa ser feito no link: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18255






quarta-feira, 7 de maio de 2025

Entre o Cuidado e o Risco: Falhas Estruturais e a Realidade de uma UTI no Brasil.

    Em um ambiente onde cada segundo conta e cada procedimento pode salvar uma vida, falhas na infraestrutura podem ter um impacto silencioso, mas devastador. Esse é o alerta trazido por um estudo recente realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva destinada a pacientes com COVID-19 em um hospital universitário do estado do Mato Grosso.

    A pesquisa teve como foco dois pontos cruciais: a estrutura disponível para a higienização das mãos dos profissionais de saúde e a percepção desses profissionais sobre as atitudes de segurança da instituição. Os resultados acendem um sinal de alerta para gestores e responsáveis pela saúde pública.

    Dos 62 profissionais entrevistados, foi possível identificar falhas relevantes na estrutura física da unidade, especialmente no que diz respeito à disponibilidade de preparações alcoólicas no ponto de cuidado — um recurso essencial para o controle de infecções hospitalares. Além disso, a percepção dos profissionais quanto ao envolvimento da gestão em ações de segurança do paciente foi negativa em todos os domínios avaliados.

    Essas descobertas indicam não apenas a urgência de melhorias estruturais, mas também a necessidade de um compromisso mais efetivo por parte da liderança institucional com as práticas seguras de cuidado.

    Este estudo é um convite à reflexão: como podemos garantir segurança em ambientes de alta complexidade sem a infraestrutura mínima e sem o engajamento da gestão? E, mais importante, quais consequências essa negligência pode ter para pacientes e equipes?

    Se você se interessa por temas como segurança do paciente, gestão hospitalar e infraestrutura em saúde, acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.17956




terça-feira, 6 de maio de 2025

SRAG no Sul do Brasil: O Que Mudou Entre 2020 e 2021?

    Nos dois primeiros anos da pandemia de COVID-19, o Brasil enfrentou um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Mas como essa realidade evoluiu ao longo do tempo? Um estudo realizado em uma região de saúde do interior do Rio Grande do Sul lança luz sobre importantes mudanças no perfil clínico e sociodemográfico dos indivíduos acometidos pela SRAG entre 2020 e 2021.

    A pesquisa analisou 4.710 casos notificados no período de março de 2020 a outubro de 2021, comparando variáveis como idade, cor da pele, escolaridade, presença de comorbidades, sinais e sintomas, além de dados sobre hospitalizações e internações em UTIs.

    Os resultados mostram que, em 2020, 53,4% dos casos de SRAG estavam relacionados à COVID-19. Já em 2021, esse número saltou para 87,5%, refletindo o avanço da pandemia e a predominância de variantes mais transmissíveis do vírus. Além disso, observou-se uma mudança no perfil sociodemográfico dos pacientes: houve variações significativas na faixa etária, na cor da pele e no nível de escolaridade.

    No campo clínico, também ocorreram transformações. A maioria das comorbidades pré-existentes apresentou queda, com exceção da obesidade, que permaneceu relevante. Os sintomas relatados pelos pacientes mudaram, e houve uma redução tanto nas internações hospitalares quanto nas admissões em Unidades de Terapia Intensiva.

    Essas alterações podem estar diretamente associadas à introdução da vacinação contra a COVID-19, ao surgimento de novas variantes e às mudanças na organização dos serviços de saúde. O estudo contribui para compreendermos melhor a dinâmica da pandemia e a resposta dos sistemas locais de saúde.

    Se você quer entender como esses dados ajudam a redesenhar o panorama da SRAG e da COVID-19 em uma região específica do Brasil, acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.17903



segunda-feira, 5 de maio de 2025

Tuberculose na Amazônia: O Desafio Invisível nos Caminhos do Diagnóstico.

    Em pleno século XXI, enquanto debatemos tecnologias de ponta na medicina, uma doença antiga continua silenciosamente a afligir comunidades inteiras. Nas terras densas e remotas da Amazônia Ocidental, a tuberculose persiste como um desafio de saúde pública que revela muito mais sobre nosso sistema de saúde do que gostaríamos de admitir.

    Um estudo recente realizado em Porto Velho lança luz sobre uma questão fundamental: o acesso ao diagnóstico da tuberculose. E o que os profissionais de saúde têm a dizer sobre isso é, no mínimo, inquietante.

    Em uma pesquisa envolvendo 266 profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), descobriu-se que o acesso ao diagnóstico da tuberculose foi classificado apenas como "regular" - um eufemismo preocupante quando falamos de uma doença que mata 4.500 brasileiros por ano.

    O estudo revela obstáculos surpreendentemente básicos: dificuldade em obter informações por telefone, necessidade de transporte motorizado para chegar às unidades de saúde, custos com transporte público e até mesmo a perda de turnos de trabalho para conseguir uma consulta.

    Pense nisso: em uma região onde a tuberculose continua sendo uma ameaça real, os pacientes precisam escolher entre um dia de salário e a busca por diagnóstico. Este não é apenas um problema médico, mas uma questão profunda de equidade social.

    Ao contrário de muitas pesquisas que abordam a tuberculose do ponto de vista epidemiológico, este estudo mergulha na experiência humana por trás dos números. Utilizando o questionário Primary Care Assessment Tool (adaptado para a atenção à tuberculose e validado para o Brasil), os pesquisadores conseguem capturar a realidade cotidiana enfrentada pelos profissionais de saúde.

    O resultado é um retrato vívido das fragilidades do nosso sistema de atenção primária em uma das regiões mais desafiadoras do país - a Amazônia Ocidental. Para saber mais acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i2.18114






A Proteção de 94%: Como a Vacinação Muda o Jogo Contra a COVID-19?

     Maria, de 67 anos, diabética e hipertensa, contraiu COVID-19 em pleno 2022. Seu médico estava preocupado - ela tinha todos os fatores d...