Em um ambiente onde cada segundo conta e cada procedimento pode salvar uma vida, falhas na infraestrutura podem ter um impacto silencioso, mas devastador. Esse é o alerta trazido por um estudo recente realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva destinada a pacientes com COVID-19 em um hospital universitário do estado do Mato Grosso.
A pesquisa teve como foco dois pontos cruciais: a estrutura disponível para a higienização das mãos dos profissionais de saúde e a percepção desses profissionais sobre as atitudes de segurança da instituição. Os resultados acendem um sinal de alerta para gestores e responsáveis pela saúde pública.
Dos 62 profissionais entrevistados, foi possível identificar falhas relevantes na estrutura física da unidade, especialmente no que diz respeito à disponibilidade de preparações alcoólicas no ponto de cuidado — um recurso essencial para o controle de infecções hospitalares. Além disso, a percepção dos profissionais quanto ao envolvimento da gestão em ações de segurança do paciente foi negativa em todos os domínios avaliados.
Essas descobertas indicam não apenas a urgência de melhorias estruturais, mas também a necessidade de um compromisso mais efetivo por parte da liderança institucional com as práticas seguras de cuidado.
Este estudo é um convite à reflexão: como podemos garantir segurança em ambientes de alta complexidade sem a infraestrutura mínima e sem o engajamento da gestão? E, mais importante, quais consequências essa negligência pode ter para pacientes e equipes?
Se você se interessa por temas como segurança do paciente, gestão hospitalar e infraestrutura em saúde, acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.17956
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