Nos dois primeiros anos da pandemia de COVID-19, o Brasil enfrentou um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Mas como essa realidade evoluiu ao longo do tempo? Um estudo realizado em uma região de saúde do interior do Rio Grande do Sul lança luz sobre importantes mudanças no perfil clínico e sociodemográfico dos indivíduos acometidos pela SRAG entre 2020 e 2021.
A pesquisa analisou 4.710 casos notificados no período de março de 2020 a outubro de 2021, comparando variáveis como idade, cor da pele, escolaridade, presença de comorbidades, sinais e sintomas, além de dados sobre hospitalizações e internações em UTIs.
Os resultados mostram que, em 2020, 53,4% dos casos de SRAG estavam relacionados à COVID-19. Já em 2021, esse número saltou para 87,5%, refletindo o avanço da pandemia e a predominância de variantes mais transmissíveis do vírus. Além disso, observou-se uma mudança no perfil sociodemográfico dos pacientes: houve variações significativas na faixa etária, na cor da pele e no nível de escolaridade.
No campo clínico, também ocorreram transformações. A maioria das comorbidades pré-existentes apresentou queda, com exceção da obesidade, que permaneceu relevante. Os sintomas relatados pelos pacientes mudaram, e houve uma redução tanto nas internações hospitalares quanto nas admissões em Unidades de Terapia Intensiva.
Essas alterações podem estar diretamente associadas à introdução da vacinação contra a COVID-19, ao surgimento de novas variantes e às mudanças na organização dos serviços de saúde. O estudo contribui para compreendermos melhor a dinâmica da pandemia e a resposta dos sistemas locais de saúde.
Se você quer entender como esses dados ajudam a redesenhar o panorama da SRAG e da COVID-19 em uma região específica do Brasil, acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.17903
Nenhum comentário:
Postar um comentário