A pandemia de COVID-19 trouxe desafios inesperados para os cuidados intensivos, e um deles tem passado despercebido pelo público geral: as coinfecções fúngicas. Um estudo brasileiro revelou acaba de demonstrar como a presença de Candida spp. no trato respiratório pode ser um fator decisivo na evolução de pacientes graves com COVID-19.
Pesquisadores de um hospital escola analisaram 816 pacientes internados em UTIs durante 2021 e descobriram algo que pode mudar nossa compreensão sobre as complicações da COVID-19. A incidência de Candida spp. no trato respiratório foi significativamente maior em pacientes COVID-19: 68,3 casos por 1000 internações , contra apenas 38,5 casos por 1000 na UTI geral.
Mas o dado mais impactante? A taxa de mortalidade entre pacientes com Candida foi consideravelmente maior no grupo COVID-19, indicando que essa combinação pode ser mais letal do que imaginávamos.
Pacientes com COVID-19 graves, frequentemente, vibrações de ventilação mecânica prolongada e cuidados intensivos que podem criar um ambiente propício para o crescimento de fungos oportunistas. O sistema imunológico comprometido pela infecção viral, somado a procedimentos invasivos, parece criar o cenário perfeito para essas coinfecções.
Candida albicans foi uma espécie mais frequentemente isolada, confirmando seu papel como principal agente de infecções fúngicas oportunistas em ambiente hospitalar.
Para profissionais de saúde, gestores hospitalares e pesquisadores interessados em compreender melhor as complexidades das infecções relacionadas à COVID-19 em ambiente de terapia intensiva, este estudo oferece dados cruciais que podem interferir em protocolos e salvar vidas.
Quer entender todos os detalhes desta pesquisa e suas implicações clínicas?
Acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v13i4.18245
Nenhum comentário:
Postar um comentário