Durante a pandemia de COVID-19, enquanto o mundo aplaudia os profissionais de enfermagem, uma pesquisa brasileira capturou algo que poucos viram: as percepções reais desses profissionais sobre infecções hospitalares e higienização das mãos. Os resultados revelam diferenças surpreendentes que podem mudar nossa compreensão sobre segurança do paciente.
Entre novembro de 2020 e dezembro de 2021 - no auge da pandemia - pesquisadores coletaram percepções de 493 profissionais de enfermagem de todas as regiões brasileiras. Não foi apenas mais uma pesquisa: foi um retrato fiel de quem estava na linha de frente enfrentando o vírus todos os dias.
Sobre o impacto das IRAS na evolução dos pacientes:
- 43,9% dos enfermeiros relataram impacto muito alto
- Apenas 26,7% dos auxiliares e técnicos compartilharam essa percepção
Sobre o esforço necessário para higienização adequada das mãos:
- 50,8% dos enfermeiros consideraram necessário grande esforço
- 68,9% dos auxiliares e técnicos concordaram com essa afirmação
Durante a COVID-19, práticas que antes eram rotineiras ganharam nova dimensão. A higienização das mãos deixou de ser apenas protocolo para se tornar questão de vida ou morte - tanto para profissionais quanto para pacientes.
O estudo também analisou percepções por regiões brasileiras, oferecendo um panorama único de como diferentes realidades geográficas, socioeconômicas e estruturais influenciam a percepção dos profissionais sobre segurança do paciente.
Para mais informações acesse: https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.18588
Nenhum comentário:
Postar um comentário